Painel com especialistas em turismo buscou conscientizar comerciários e estudantes de Sant’Ana do Livramento e Rivera
A cooperação entre competidores, ou “coopetição”, foi o conceito defendido pelo professor Luís Gustavo Patrucco, um dos quatro expositores do painel sobre o papel do comércio no desenvolvimento do turismo local, realizado na noite de 1º de agosto, pelo Fronte(i)ra – Festival Binacional de Enogastronomia. O espaço integração, com capacidade para 400 pessoas, ficou praticamente lotado.
Ele defendeu que é preciso considerar primeiro nas preferências dos clientes, para depois desenvolver produtos turísticos. “Hospitalidade é pensar como você faz alguém se sentir. Então, um comércio, um restaurante e um hotel são ‘caixas’ de hospitalidade”, explicou ele ao ressaltar que embora a fronteira Brasil-Uruguai tenha como concorrente direta a fronteira Brasil-Paraguai no comércio de compras, é possível criar produtos que gerem valor e compensem a falta de um atrativo como as Cataratas do Iguaçu.
Cíntia Guske, coordenadora de turismo do Serviço Social do Comércio (Sesc/RS), reforçou que existe a necessidade de ter uma oferta ampla no comércio local, além de infraestrutura e atendimento treinado, para estimular a permanência do turista que vem à fronteira comprar. “A população precisa ter orgulho de onde está e saber indicar os atrativos locais”, pontou.
O empresário Fabrizzio Conti, que há 20 anos atua no ramo gastronômico (e participa da organização do Fronte(i)ra desde sua primeira edição), compartilhou com o público a experiência de criação da Mesa de Destino Rivera, uma câmara de articulação da iniciativa privada voltada ao desenvolvimento turístico da região fronteiriça.
“Há dois anos, começamos a formação da mesa. O mais difícil é sempre o associativismo. Mas é preciso promover e fortalecer o turismo com estratégias e ações conjuntas”, defendeu ele, ao ressaltar que é fundamental haver sinergia entre os empreendimentos, que com a Mesa de Destino podem compartilhar boas-práticas e formar alianças estratégicas, além de terem já concluído um planejamento estratégico para este que pretende ser um destino binacional.
Por sua vez, o coordenador regional norte, do Ministério do Turismo uruguaio, Santiago Esteves, pontuou que os freeshops de Rivera empregam 1,5 mil pessoas. “Estamos consolidados como destino de compras, mas continuamos muito incipientes em outros produtos turísticos. Temos muito a avançar para que o destino binacional se consolide”, avaliou.
Conti lembrou que, décadas atrás, Sant’Ana do Livramento contava com uma planta frigorífica que empregava quase cinco mil pessoas. “Hoje, com a unidade fechada, nossa indústria é o turismo”, concluiu.
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